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quinta-feira, 29 de julho de 2010

Medo de Dentista

Tremedeira, coração disparado, respiração ofegante, choro e até desmaios. Reações desagradáveis como essas são partilhadas pelas pessoas que sentem medo de dentistas. E não são poucas: estudos científicos indicam que a odontofobia atinge de 15% a 20% da população.

Ansiedade: Antecipação apreensiva de um futuro perigo ou infortúnio acompanhada de uma sensação de disforia ou sintomas somáticos de tensão. O foco de perigo antevisto pode ser interno ou externo.

Fobia: Medo irracional e persistente de um objeto, atividade ou situação específicos (estímulo fóbico), ocasionando um intenso desejo de evitá-los. Leva o indivíduo a esquivar-se ou enfrentar com temor.

DURANTE A INFÂNCIA

Na primeira visita da criança ao dentista a experiência pode ser frustrante, geradora de conflitos e medos. Seu comportamento dependerá não só do preparo e habilidade do profissional em manejá-la, mas também do ambiente familiar em que vive e de como se relaciona com ele.

A falta de cooperação durante a consulta é justificada pela ansiedade, medo e desconforto na cadeira do dentista, pela falta de maturidade e por influência negativa dos pais e familiares.
O medo nada mais é do que um mecanismo de proteção. No entanto, a resistência anormal e desordenada da criança na iminência de um tratamento odontológico requer maior avaliação. Ocasionalmente, a consulta ao pediatra ou ao psicólogo pode ser indicada, pois a redução da ansiedade é essencial não só para obtermos a cooperação do paciente como para levá-lo a se desenvolver bem, saudável, feliz e sem traumas.

É fundamental orientar os pais para que não demonstrem ansiedade e preparem os filhos para ir ao dentista. O profissional pode utilizar várias técnicas para o gerenciamento do comportamento da criança, como a técnica FALAR – MOSTRAR – FAZER: consiste em, numa linguagem acessível, apresentar o consultório à criança. REFORÇO POSITIVO: quando a criança coopera e tem atitudes desejadas usamos o reforço positivo para estimulá-la, palavras de estímulo, elogios, alguma lembrancinha. MODELAGEM: este processo baseia-se na Teoria do Aprendizado Social, na qual a imitação dos outros funciona como um ensinamento. DISTRAÇÃO: mudar o foco de atenção da criança de um procedimento que pode ser considerado desagradável, com jogos, bichinhos, desenhos, brinquedos. CONTROLE DE VOZ: o tom de voz usado pelo dentista deve ser tranqüilizador, ameno. Em algumas situações, porém, para influenciar e modificar o comportamento da criança deve-se alterar o tom, o ritmo e o volume de voz.





O medo do dentista tem diversas explicações, e uma delas é o hábito de algumas pessoas irem muito tardiamente ao dentista e ao invés de fazer tratamentos preventivos, necessita de tratamentos curativos, pois o problema já está instalado, o paciente já chega com dor no consultório e isso se tornava mais cansativo, trabalhoso e doloroso. O ruído dos equipamentos incomoda pessoas de todas as faixas etárias. Experiências negativas: o medo também pode ter raízes no passado. "Muitas vezes, o paciente torna-se odontofóbico porque vivenciou dor ou teve alguma experiência negativa com dentistas na infância", afirma a odontopediatra Eliana Amarante. O temor também pode ser "transmitido" de pai para filho. "Metade das crianças sentem medo de dentista quando os pais também o sentem", afirma Cláudia Marassi. Isso pode acontecer quando o pai conta uma experiência dolorosa para a criança. A cirurgiã-dentista cita outra atitude dos pais que pode gerar temor: fazer ameaças, convertendo o próprio dentista, a anestesia ou a injeção em castigo quando a criança faz alguma travessura.

O dentista também deve cuidar o que fala durante o procedimento, muitas vezes conversa com o auxiliar sobre o procedimento e deixa o paciente com mais medo. Uma amiga relatou que em uma extração de terceiro molar o dentista falava com a auxiliar: : "no outro dia a fazer isto cortei uma artéria... nunca vi tanto sangue...  o sangue saía em jatos...” , e com aspereza ainda diz à auxiliar: "não ponhas isso aí, assim não vejo nada... quase que pega na bochecha!!!”, e ainda relata: : "no outro dia apareceu um miúdo que por mais que eu tentasse não quis levar a anestesia nem por nada... então arranquei  o dente sem anestesia...”. E a paciente apavorada na cadeira!!!
Da mesma forma que as experiências negativas atrapalham, as bem-sucedidas ajudam a eliminar ou, pelo menos, reduzir o temor. Um outro exemplo de uma amiga que disse nunca ter tido medo de dentistas (mas a mãe dela é dentista!), ela me disse certa vez: “eu adorava passar algumas horinhas na sala do consultório da minha mãe. A cadeira de dentista é praticamente um parque de diversões: sobe, desce, deita, o negócio que direciona a luz parecia um volante, tem uma ‘’arminha’’ que solta uma luz azul e apita, óculos grandes de lentes coloridas, uma ferramenta que espirra água e solta vento... Dava para fazer de conta que era uma nave espacial tranqüilamente.”


Hoje em dia com técnicas de anestesia, e novas técnicas de procedimentos, e novos materiais odontológicos produzidos a cada ano pra facilitar os procedimentos e encurtar o tempo de tratamento, que também faz com que diminua a ansiedade gerada pelo paciente. Com a diminuição da ansiedade também diminui a sensibilidade e facilita a execução dos procedimentos, como a anestesia, muitas vezes pelo fato do paciente estar nervoso a anestesia não faz o efeito desejado. Mas com relação a este procedimento há muitas coisas novas no mercado, existe um aparelho que acaba injetando o anestésico com mais cuidado, e controle, como se fosse um conta gotas, e uma anestesia eletrônica, como também a possibilidade do emprego da anestesia inalatória.
Algumas dicas:

• Respire profunda e calmamente antes de sentar-se na cadeira do dentista e enquanto estiver em tratamento. Ao se concentrar na respiração, você deixa de prestar tanta atenção ao dentista e ainda oxigena melhor o cérebro.
• Utilize técnicas de relaxamento, como meditação e exercícios de ioga.
• Se você tem fobia de sangue ou de ferimentos, não tente relaxar. Contraia os músculos para evitar desmaios.
• Acompanhe o tratamento de parentes e amigos para se habituar gradativamente ao ambiente e à situação. 





Coisas que alimentam nosso medo de dentista!!!!!
No cinema: